quinta-feira, 17 de julho de 2008

Cosplay

Cosplay abreviação de "costume player" (Fantasia em inglês) é uma atividade que surgiu nos Estados Unidos da América em convenções de quadrinhos na decada de 70, quando fizeram uma promoção onde as pessoas com fantasias de Super-herois entrariam de graça. Com o passar do tempo foi se tornando uma tradição e um habito que se espalhou por todos os tipos de convenções envolvendo series ou personagens, principalmente as de "Jornada nas estrelas"Star Trek e "Guerra nas estrelas"Star Wars, aonde as pessoas fantasiadas se tornaram a principal atração com concursos de fantasia e interpretação de cenas dos filmes ou episodios revelando talentos de nivel profissional. Rapidamente se espalhou pelo mundo todo, chegando na Comiket, famosa convenção realizada há anos no Japão aonde o termo se popularizou e se espalhou especialmente em eventos e encontros de anime, mangá e videogames, respectivamente as animações e quadrinhos japoneses. Outros dizem que começou Caracteriza-se pelo DIY (Do it yourself - faça você mesmo): o futuro cosplayer (palavra utilizada para designar a pessoa que pratica o cosplay) providencia os materiais para a confecção (alguns mandam determinadas peças a artesãos ou costureiras, ou fazem seus cosplays inteiramente em "Cosplay Stores" - lojas especializadas em confecção de cosplays), prepara os materiais de referência, monta a apresentação (caso haja), enfim, trabalha a interpretação, o figurino e às vezes até o cenário. A palavra 'cosplay' é uma espécie de abreviação para "costume play" (costume = roupa / traje / fantasia e play = atuar). Ou seja, o cosplayer se caracteriza como um personagem de algum livro, mangá, jogo ou filme que queira homenagear; representa a personalidade deste; e em alguns eventos pode até mesmo competir com outros cosplayers em concursos, embora o grande barato e diversão sejam a exposição e o contato social gerado dentro do ambiente. UM dos principais objetivos deste Hobby é fazer amigos. É uma atividade da qual podem participar e divertir-se crianças, adolescentes e adultos de todas as idades, sexo e condição social. Alguns cosplayers chegam a gastar entre R$ 100,00 e R$ 1.000,00, às vezes mais, em roupas e acessórios, e levam a coisa a sério. Um hobby como outro qualquer, porém um hobby que permite a você tornar-se seu personagem favorito por um dia. Nas gerações Star Wars, equivaleria a se vestir como um Jedi ou um Cowboy de Faroeste. No início, os únicos cosplays eram de personagem de Star Wars (como os Stormtroopers); mas logo os animês e mangás foram tomando conta do público. Hoje, no Brasil, já se vêem cosplays de qualquer mídia, entre elas comics, filmes, livros e até personagens de internet.


Linalii - D. Gray Man (Cosplay)



Cosplay no Brasil

Em convenções de jornada nas estrelas e RPG no final da decada de 1980 já era possível encontrar fãs fantasiados de seus personagens favoritos. No entanto tal caracterização não era conhecida como "cosplay", já que o termo nessa época ainda começava a se difundir no Japão. Da mesma forma o ato de se fantasiar não era visto como um hobby por seus praticantes, manifestando-se nas convenções apenas como um elemento de expressão dos fãs. No final da década de 90, com a popularidade do animê Cavaleiros do Zodíaco, surgiram as primeiras convenções de animê e mangá no país, fazendo assim esse hobby ressurgir, agora com um nome e suas características próprias, como os concursos. No início as caracterizações eram quase em sua totalidade de personagens de animação, quadrinhos ou games japoneses, mas ao longo dos anos outras mídias foram incorporadas pelos fãs, como quadrinhos americanos, filmes ou livros, como por exemplo, Harry Potter ou Piratas do Caribe. Os sites Arquivo Cosplay Brasil e Cosplay Party Br foram alguns dos pioreiros a tratar do hobby no Brasil. Em 2002 ambos se uniram, formando o Cosplay Brasil, que reúne a maior comunidade de praticantes e simpatizantes do hobby, com mais de 4 mil membros. O Anime Friends, organizado pela Yamato Comunicações e Eventos é o maior concurso de cosplay do Brasil. Foram mais de 1.200 concorrentes inscritos em seis categorias em 2007. O segundo maior é o Anime Dreams com mais de 800 inscritos em um único evento (2007). A mesma Yamato Comunicações e Eventos organiza o maior concurso de cosplay individual do Brasil, o YCC - Yamato Cosplay Cup. Ele é único que agrega competidores de todas as regiões do país. São 26 competidores selecionados que disputam a competição nacional em julho, destes os três primeiros colocados participam de uma etapa uma internacional em janeiro, que logo em sua primeira edição em 2008 teve seletivas no México, Chile, Argentina e Paraguai. Nestas seletivas em outros países participaram mais de 200 cosplayers interessados em competir na final realizada no Brasil. Nas seletivas nacionais, realizadas em aproximadamente 20 eventos, foram mais de dois mil competidores. A campeã da edição brasileira de 2007 foi Andressa Miyazaki, seguida por Simone Setti e Thaís Jussim. A mesma Yamato organiza o Circuito Cosplay, mais tradicional competição de cosplay do país, que está atualmente em sua quarta edição. Em 2005 a vencedora foi Petra Leão, em 2006 Thaís Jussim e em 2007 Andressa Miyazaki. A Editora JBC organiza o WCS Brasil que reúne 15 duplas de todo o país para competir para saber qual a melhor do país que vai representar-nos na final que é realizada no Japão. Uma vaga é da dupla vencedora do ano anterior, treze são distribuídas por eventos parceiros e uma sai em uma repescagem. Em 2007 teve uma média de 4 ou 5 duplas inscritas por seletiva. Em 2006 os irmãos Mauricio e Mônica Somenzari venceram tanto a etapa brasileira, quanto a japonesa da competição. Em 2007 Marcelo Fernandes e Thaís Jussim venceram no Brasil. O site Otaku Riders organizou a cobertura completa da edição 2007, filmando e fotografando todas as duplas participantes, além de entrevistar os cantores convidados e a cosplayer convidada internacional, Francesca Dani.
Cosplay Em Portugal

A primeira vez que se ouviu a palavra cosplay em território português foi em 1997, quando alguns fãs da cultura japonesa decidiram caracterizar-se como as suas personagens preferidas de anime, manga e videojogos e como os seus ídolos de j-music. Enquanto isso, o cosplay dava já largos passos pelo mundo fora arrastando consigo uma legião de fãs na América, Ásia e Europa. Desde 1997 até aos dias de hoje, já muita coisa mudou. Os eventos de cosplay aumentaram. Já se realizam de norte a sul do país quando, em 1997, apenas se realizava em Lisboa e apenas uma vez por ano, e é visto por muitos pais como um hobby saudável e enriquecedor devido ao facto de os cosplayers terem que criar os seus próprios fatos realizando, muitas vezes, verdadeiros actos de engenho e criatividade. O cosplay é visto pelos pais também como uma alternativa a outras formas de entretenimento dos filhos, como o computador e a televisão. Alguns críticos, no entanto, discordam da existência de benefícios do cosplay e afirmam que é uma perda de tempo e dinheiro, sendo que muitos consideram o cosplay "uma coisa de crianças". Por seu lado, os defensores do cosplay afirmam que este é hoje em dia mais do que um hobby, considerando o cosplay uma forma de arte através da qual os cosplayers podem expressar o seu afecto por determinados tipos de personagens, vestindo-se e agindo como elas por um dia. Argumentam ainda que o cosplay permite conhecer pessoas novas e criam novas amizades, considerando-o também como uma boa forma de os mais tímidos tornarem-se mais sociáveis, extrovertidos e confiantes em si mesmos. Tanto adultos como crianças podem participar porque não há limite de idades, ou seja, se pais e filhos fizerem cosplay podem entre ajudar-se, fortalecendo o laço existente entre ambos e estimulando a criatividade porque têm que pensar sobre como irão fazer aquele tipo de roupa ou acessório mais rebuscado, que ninguém ousa fazer. Mas acima de tudo, o que dizem ser mais importante é a diversão, tanto na manufactura dos fatos como no seu uso, considerando-a a razão principal por se ver, cada vez mais, o grupo de cosplayers portugueses a aumentar de evento para evento. Não só os pais se estão a aperceber das coisas boas que advêm de se fazer cosplay, incentivando os seus filhos a participar, como também outros menos jovens decidem juntar-se ao grupo devido a comentários que ouvem através dos seus colegas, amigos e até mesmo vizinhos. Alguns decidem primeiro acompanhar os seus amigos para verem como funcionam as coisas, para saber se gostam, se não gostam. Outros vão por iniciativa própria e até mesmo por curiosidade. Mas, no final, muitos são os que dizem entusiasmados que irão participar no próximo evento de cosplay. Alguns reclamam a criação de uma associação/comunidade para os cosplayers onde se abordem temas como a localização dos eventos e os transportes; dúvidas, esclarecimentos e sugestões sobre os fatos que estão ou vão fazer, assim como o material (qualidade, preço, locais onde se encontram à venda), a criação de formas de irem todos juntos, dependendo da área onde moram e ainda coordenação de pedidos de apoio ás câmaras municipais; meets e outros temas.




Gaara - Naruto (Fase Shippuuden)


Toscosplay e Cospobre


Toscosplay é a arte de fazer cosplay tosco, cosplays engraçados cujos donos tiveram a intenção de fazê-los engraçados. Cospobre é a arte de fazer cosplay, do mesmo modo que o toscosplay: engraçado, porém, com baixos custos. As palavras são junção de duas outras: a portuguesa "tosco" e a inglesa "cosplay" e Cosplay + pobre, resultando daí novas classificações para o segmento das fantasias baseadas em desenho japonês. Nesse segmento, o acabamento da fantasia não é o mais importante, mas sim a intenção, a originalidade, a irreverência. As fantasias podem ser feitas com materiais pouco nobres, como papelão e celofane ou bons materiais mas com personagens impensados como os cubinhos dos jogos de tetris. Assim como o carnaval, com seus arlequins e colombinas, o ato de fazer cosplay, e também toscosplay, é um fenômeno sociológico com uma nova roupagem, adaptado aos dias modernos, a era tecnológica, mas que ainda assim relembra velhos hábitos do ser humano, como as festas populares, mas como já citado, acompanhando o contexto em que o homem vive. O termo ficou famoso graças a um fotolog de mesmo nome que data de Janeiro de 2004 e ainda continua em atividade. A partir daí, tornou-se referência para os apreciadores de cosplay mal acabados mas, por sua própria natureza, extremamente bem-humorados. Existe também um fotolog de referência para os cospobres, onde, neste caso, o enfoque é o humor, muitas vezes deixando as imagens de lado e focando mais nos comentarios do autor (dono do fotolog).






Cosplays "Caça-níqueis" vs Cosplays "Pró-diversão"



O termo (caça-níqueis) existe em alguns grupos de fãs de cosplays (pró-diversão) que desaprovam as atitudes de cosplayers que, ao invés de fezar pela diversão, que é o intuito primordial do cosplay, adquirem um alto espírito competitivo, que os levam a gastar altas somas com os trajes e acessórios.
Entretanto há quem diga que a competição faz parte, e o perfeccionismo é a chave para ser considerado um bom cosplay. Daí surgem conflitos como: "Cosplay: Diversão ou Competição? É notável o fato da Yamato Corp. ser uma grande incentivadora do tal Cosplay caça-níquel, uma vez que os próprios eventos realizados por tal empresa já há muitos anos abandonam a diversão, variedade, originalidade e prezam pelo maior acumulo de dinheiro que eventos e convenções do tipo podem gerar.



Teatro Cosplay



Essa modalidade de cosplay foi criada pela empresa Yamato Comunicações e Eventos para o evento Anime Friends 2003 é, de maneira prática, o que o nome sugere: Uma apresentação teatral envolvendo cosplayers. Existem grupos espalhados por todo o Brasil que se dedicam exclusivamente em promover espetáculos de Teatro Cosplay com a mera finalidade de entretenimento.



Cosplays do Bleach